8 de maio de 2009

Sinais que o Zeca está vivo

Se há coisa que me anima nas fastidiosas viagens matinais, é poder ouvir os "Sinais" do Fernando Alves (foto à esquerda), na TSF. Todos os dias, às 8h50, os meus ouvidos colam-se à rádio, a minha boca abre-se de espanto e o meu cérebro delicia-se com o manancial de bom gosto, criatividade, informação, cultura, sensibilidade, humanismo...

Foi lá que ouvi falar desta notícia:

Galiza
José Afonso é nome de Parque em Santiago de Compostela
30.04.2009 - 12h54 Lusa

Um "Parque José Afonso" vai ser inaugurado a 10 de Maio junto ao "Auditorio de Galicia", em Santiago de Compostela, em homenagem ao autor de "Grândola, Vila Morena", informou hoje o Núcleo do Norte da Associação José Afonso (AJA).

Situado numa lateral do Auditorio de Galicia, o parque é uma homenagem ao cantautor português promovida por um grupo de amigos, apoiada por cerca de três mil pessoas de todo o mundo e aprovada pela câmara de Santiago de Compostela, precisou Paulo Esperança, daquele núcleo.

O "Parque José Afonso" situa-se junto do complexo Burgo das Nácions (Burgo das Nações), onde actualmente se concentram várias residências universitárias e onde em 1972 Zeca Afonso cantou pela primeira vez em público "Grândola, Vila Morena" na sua primeira digressão pela Galiza, que integrou também espectáculos em Ourense e Lugo.

A inauguração do parque é o culminar de um projecto iniciado por Benedicto Garcia Villar, um dos fundadores do grupo galego Voces Ceibes (Vozes Livres) que entre 1968 e 1974, com a sua música de intervenção, afrontou a ditadura franquista, e que pretendia dar o nome do cantor português, de quem era amigo, a uma rua de Santiago de Compostela, indicou Paulo Esperança.

O professor universitário Xoan Guitian é outro dos promotores da iniciativa. Segundo Paulo Esperança, Zélia Afonso, viúva do cantor, e elementos do núcleo do norte da Associação José Afonso, vão marcar presença na inauguração do parque. Na véspera da inauguração, o Núcleo do norte da AJA promove no Centro Social do Pichel, em Santiago de Compostela, um espectáculo com poemas, imagens, narração e música subordinado ao canto de intervenção, cuja segunda parte será assegurada por Tino Flores, que também gravou com José Afonso.

José Afonso nasceu em Aveiro a 2 de Agosto de 1929 e morreu em Setúbal em 23 de Fevereiro de 1987. Fado de Coimbra, recuperação de temas populares e originais constam da vasta obra discográfica de Zeca Afonso, que nos finais da década de 1960 e inícios de 1970 se tornou um símbolo da resistência democrática em Portugal.

Retirado do jornal "Publico"

Que viva o Zeca!

3 comentários:

zmsantos disse...

Que viva a sua obra!

Maria disse...

Tem o Zeca, na Galiza, mais homenagens do que aqui no seu país...
Prova de que o Zeca nunca mais se há-de calar é haver jovens, como tu, a darem continuidade às suas cantigas...

Pedro Branco disse...

Zeca, sempre!

Um abraço.