O Cata-Vento!
Tu!
Tu, que rodas sem parar
Se o vento não cessar
Tu, que relaxado
Esperas que o vento
Te empurre de lado a lado
Tu, que com discrição
Pleno de ti mesmo
Giras com satisfação
Tu, que num rodopio sem Norte
Jogas as tuas agulhas
A um destino sem sorte
Tu, que insatisfeito com a vida
De luto te apresentas
Sem ponto de partida
Tu, que apenas obedeces
Mostras-te às horas infinitas
No telhado em que apodreces
Que como tantos, na inércia
Maldito Cata-Vento
Com desalento
Aí estás tu…preso no tempo!
Alexandra Ganhão Gomes 9ºA
Se não for repetente, a Alexandra tem catorze anos. É uma das estudantes de Moura com direito a exibição da sua veia poética na Feira do Livro daquela cidade. E deixo o meu aqui o meu desejo para que continue a exercitá-la...
3 comentários:
Em vez de ler essas preciosidades, andei entretido entre bancos de jardim e gravações video de qualidade duvidosa.
Tantas vezes passamo0s ao lado das coisas boas e nem damos por elas...
Obrigado por partilhares connosco esta beleza e já agora os Parabens à Alexandra.
Za
É esta beleza endógena do ser humano que a faz a melhor e a mais universal das criaturas.
Alexandra, a Grande!
* endógeno:
do Gr. éndon, dentro + génos, geração
adj., Biol.,
que se produz, que se forma no interior;
diz-se de um órgão ou formação que se produz no interior de outro ou outra;
diz-se da causa interna;
Geol.,
diz-se dos fenómenos que têm a sua origem no interior do globo terrestre.
Zé, até me obrigas a ir ao Priberam...
Zá, também não é suposto um sem abrigo andar a ler poesia...
Enviar um comentário