Encontrei ontem este poema, num livro recentemente adquirido. Uso-me dele para expressar a minha admiração pelas mulheres da minha vida, muito em especial pela minha sogra que é hoje alvo de uma intervenção cirúrgica, da qual não tenho a menor dúvida que recuperará rapidamente.
Mulheres
Há nas mulheres
o sono de uma ausência
como uma faca aberta
sobre os ombros
à qual a carne adere
impaciente
cicatrizando já durante
o sonho
E há também
o estar impaciente
calarmos impacientes
todo o corpo
Sorrir não devagar
claramente
lugares inventados sobre
os olhos
E há ainda em nós
o estar presente
diariamente calmas
e seguras
mulheres demasiado
serenamente
nas casas
nas camas
e nas ruas
E como toda esta herança
não chegasse
como se quiséssemos aumentá-la
fechamos os braços de cansaço
como se da vida
chegasse o inventá-la
E se do sono
nos vem o esquecimento
quantas insónias
cansamos por de dentro
Maria Teresa Horta
Mulheres
Há nas mulheres
o sono de uma ausência
como uma faca aberta
sobre os ombros
à qual a carne adere
impaciente
cicatrizando já durante
o sonho
E há também
o estar impaciente
calarmos impacientes
todo o corpo
Sorrir não devagar
claramente
lugares inventados sobre
os olhos
E há ainda em nós
o estar presente
diariamente calmas
e seguras
mulheres demasiado
serenamente
nas casas
nas camas
e nas ruas
E como toda esta herança
não chegasse
como se quiséssemos aumentá-la
fechamos os braços de cansaço
como se da vida
chegasse o inventá-la
E se do sono
nos vem o esquecimento
quantas insónias
cansamos por de dentro
Maria Teresa Horta
2 comentários:
Simplesmente mulher1
E que mulher fantástica e linda é a Elza .... :)
Uma beijoca grande e sei que vai recuperar rapidamente,
Carol
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