3 de outubro de 2007

Semeando



Torna Viagem

Vem guardar nestas rimas
O meu canto vadio
Minha galera de sonhos, de inquietações
Viageiro num fado
Oculto e sombrio
Torna-viagem, regressos, desilusões
Torna-viagem, no mar das canções

Se as palavras se cansam no tempo
Este fogo não deixa de arder
Se as canções incendeiam a praia
Esta noite não hei-de morrer

Vem guardar o silêncio
Na cinza do tempo
Vem esquecer ventanias e vendavais
Vem bailar o veludo
Na noite fagueira
Serei o barco e tu hás-de ser o cais
Serei o barco, tu serás o cais

Se as palavras se cansam no tempo
Este fogo não deixa de arder
Se as canções incendeiam a praia
Esta noite não hei-de morrer

Zeca Medeiros


Esta música contém dentro toda a nostalgia do que é ser português, que muitos erradamente confundem com tristeza.


Nota: a letra foi tirada de ouvido, pelo que sujeita a eventuais incorrecções.

2 comentários:

zmsantos disse...

Grande cantautor!
Depois de o vermos ao vivo é impossível ficarmos indiferentes ao seu talento.

Já agora, neste poema, onde se lê ...Vem bailar o veludo Na noite vagueira... deverá ler-se ... Vem bailar o veludo Na noite fagueira...

Cravo a Canela disse...

Correcção feita! Gracias.