30 de maio de 2006

O elo mais fraco

Leiam esta história deliciosa que me chegou por um "emílio" enviado pela poetisa Teresa Heitor:

Gestão no Reino Animal
Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar. Produzia e era feliz.
O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse semsupervisão. Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada? E contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.
A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horáriopara entrada e saída da formiga. De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.
O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também
gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.
Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora lasere admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.
A formiga de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo! O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.
A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparaçãode um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.
Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente. Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a Unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía: "Há muita gente nesta empresa".
Adivinhem quem o leão começou por despedir? A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".
Há animais que são muito humanos.....

13 comentários:

zmsantos disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
zmsantos disse...

Que nos livrem da gestão chegar ao Reino Animal. Cada vez me sinto mais formiga...

Anónimo disse...

Ou humanos que são muito animais ... De qualquer forma o problema não é da Gestão é do Gestor, que na maioria dos casos esquece rapidamente os objectivos focando a visão nos meios pomposos de que pode dispor e no suposto poder que pode alcançar - oh, triste sina!

Cravo a Canela disse...

Pois é, esquece-se o essencial e valoriza-se o acessório. As pessoas hoje medem-se pelo nome pomposo do cargo que ocupam, pelo ordenado que auferem, pelos carros que conduzem, pela quantidade de funções que o telemóvel faz, pelas viagens que fazem, etc., etc. etc.
Perde-se a essência e aumentam os anti-depressivos...

Anónimo disse...

A história é linda. Preocupantemente real e actualíssima! Mudem-se os nomes para os de uma qualquer estrutura partidária e teremos o espelho desta sociedade que, infelizmente, é a nossa e esta história passará, de linda a estupidamente vulgar. A essência, essa só é importante para quem a sente e reconhece.

Anónimo disse...

Não sei porquê, mas os comentários removidos exercem em mim uma curiosidade fascinante!!!

Grande abraço do Velho.

Cravo a Canela disse...

Porque és um cusco... Mas para esclarecimento geral, não fui eu que apaguei o comentário mas sim a pessoa que o escreveu.

A Gerência,

Rogério Charraz

zmsantos disse...

Oi, oi, oi, pessoal, quem apagou o primeiro 'post' fui eu, por batatice, porque o publiquei 2 vezes. Mas para manter a fascinação do Salgas, posso apagar mais uns quantos... hehehehe!

Um abração Ed, e que os anjos te protejam essas 'manitas'

Cravo a Canela disse...

Atenção: Mais uma vez sou forçado a fazer um esclarecimento, não faço a menor ideia o que é que o "Ed" faz com as mãos que tanto agrada ao Zé Manel. Estou fora....

A Gerência,

Rogério Charraz

zmsantos disse...

Não acredito! este blog vai de mal a pior! Agora fazem-se insinuações às mãos do Ed, tztztztzt...

Claro que todos sabemos que o Eduardo Salgueiro é um excelente músico e amigo, e que de forma espectacular se empenhou com a sua participação na gravação do novo trabalho dos Norte-Sul. Daí que eu tenha feito alusão à maneira como ele 'usa' as mãos nas percussões.

Ó tempora... ó mores...

Anónimo disse...

Se "cusco" é sinónimo de curioso, podes crer que sou.
Fiquei esclarecido quanto a isso.
As mãos....sobre as mãos amanhã falaremos Sr. Zé Manel!!!

Abracinhos

A Burra Nas Couves disse...

Pois é dizia o povo nos tempos em que era sábio: "quando o mar bate na rocha quem se fode é o mexilhão!"
Quanto às mãozinhas do Ed, só é pena pertencerem a uma cabeça tão preguiçosa. Assim, como assim faz o que faz, imaginem se não fosse preguiçoso. Digamos que, nas suas próprias palavras, como gráfico tem tido uma brilhante carreira como músico. Há quem tenha boa voz para escrever à máquina, ele toca extremamente bem para gráfico.
Mas muito poderia ser ainda dito acerca dessas prodigiosas mãos, mas pelo sector femenino. Eu, com o previlégio que a antiguidade me concede, apenas posso indicar testemunhas, mas só sob tortura, ou diante do meu advogado.

Anónimo disse...

Que nem te atrevas!!
Negarei, mesmo sob tortura.
O que dizes saber, fui eu que te disse? Disse-te também que era MUITO mentiroso?;)
Grato pelos elogios. Embora saiba que estás a ser simpático e amigo, sabe sempre bem. Vindo de ti, com quem aprendi tudo, sabe ainda melhor.

Obrigado Amigo.
Beijos.