20 de janeiro de 2006

A lei da rádio

Foi ontem aprovada no parlamento a lei da musica nacional que impõe quotas mínimas de música portuguesa nas rádios entre 25 e 40%.
Esta lei deveria ser desnecessária. Deveriam ser os programadores de rádio, as editoras e o público a zelar pela sua própria música.
Como tal não acontece, sou da opinião que cabe ao Estado ser o garante da identidade e do interesse nacional. Se o mercado desrespeita e ignora a música portuguesa, o Estado tem que intervir, até porque é o próprio Estado que concede e regulamenta as licenças de utilização das frequências de rádio.
Não é a aprovação desta lei que vai resolver todos os problemas da música portuguesa, mas é um primeiro e necessário passo. Outros devem ser dados rapidamente tais como quotas para a produção de música portuguesa, ensino sério e com condições de música nas escolas, redução da taxa de IVA na venda de discos ou deixar de considerar os instrumentos musicais como artigos de luxo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Só é pena que este primeiro passo seja o último, e que esta criança não passe da idade do berço. Em 30 anos podiamos e deviamos ter feito muito mais pela nossa identidade musical (eu sou um dos culpados). De qualquer forma estamos lá na frente, tentando fazer o nosso melhor, e quem tiver iniciativas que possam vingar, força!

Um abraço, Grande!

Lusaut disse...

Deixem-me advinhar:
60% Rui Veloso;
25% Clã, Gift, Humanos, David von Seca, última "moda" a promover;
10% música dos anos 60, 70 e 80;
3% música pimba;
2% outros;

Cravo a Canela disse...

Pois, eu percebo o teu ponto de vista, mas mesmo assim é preferível a ter 60% de Robbie Williams, 25% de Madonna, 10% de Pink Floyd e Supertramp, etc...

Não se pode mudar tudo de uma vez e o mais certo é nunca chegarmos a um ponto de equilibrio mas é um passo positivo.

Rogério Charraz

Lusaut disse...

obviamente é melhor do que nada!