17 de agosto de 2005

"Light" my fire ...

Não serão muitas as pessoas que desconheçam o significado de “light”. Até os menos novos, que por menos familiarizados com a língua inglesa pensam que o termo vem das tetas das vacas, já repararam que não há produto que não tenha o seu gémeo magro.

Acontece que quem decide se o produto é muito ou pouco “light” são os próprios fabricantes. Devido a um vazio legal, apenas as matérias gordas para barrar têm definidos os critérios para poderem pertencer ao reino dos magros (devem ter um teor de gordura inferior a 41 por cento). Todos os outros alimentos aguardam que os Estados membros aprovem uma proposta de regulamento…

Ora, um produto light deve ter muito menos calorias que o seu equivalente normal. Esta diminuição calórica pode ser obtida de várias formas: reduzindo os hidratos de carbono, substituindo os açucares por adoçantes ou baixando o teor em gorduras. Vários estudos têm levantado dúvidas sobre a segurança do consumo do aspartame, um adoçante sintético sem valor calórico presente na maioria dos produtos “light”.

A DECO analisou 28 produtos “light” comercializados em Portugal e se alguns revelaram uma redução muito aceitável de calorias em relação ao produto original (iogurte líquido Mimosa m, Coca-Cola light ou Compal light) outros fariam inveja a qualquer passatempo do género “Descubra as diferenças” (Queijo famengo Mimosa m, batatas fritas Lays light ou iogurte líquido Corpos Danone).

E assim se vê a força…..não do PC mas da publicidade. Então ser magro hoje em dia não é ter um "corpo Danone"? Quantas pessoas compraram já estes iogurtes com ideia de emagrecer, desconhecendo que o mesmo contém 115 calorias enquanto o iogurte líquido Dan Up (o correspondente) tem 140?

Pois é, hoje em dia não basta ser, o importante é parecer!

Fonte: Visão

Rogério Charraz

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois é. É preciso ver nas letras pequeninas...