9 de dezembro de 2008

É a vida...

Não sou supersticioso. Acredito em bruxas mas fujo delas e de todo o movediço mundo que as rodeia. Sobre fé não falo, é pessoal e intransmissível.

Seja qual for o ponto de vista que se escolha para abordagem, o facto é que existem fases da nossa vida em que os acontecimentos se sucedem numa cadência que nos induz a pensar em palavras como destino, coincidências, Universo, premeditação....

A semana passada fui arrancado das férias por uma notícia que me chocou na exacta medida em que me entristeceu: morreu a tia Eduarda! Esta bonita mulher que vêem na foto, acompanhada pelo ex-marido e meu tio, e carregando ao colo a minha linda e meiga prima Sara, tinha sessenta anos. Estava sentada no sofá a comer uma sopa, acompanhada pela mãe, quando se encostou para trás para descansar para sempre e nos deixar a pensar na justiça das coisas.

Ainda mal refeito do choque, sou abalroado pela notícia do falecimento do pai do Paulo Monteiro, companheiro de estrada do último ano e meio. De novo uma morte traiçoeira, imprevista, implacável.

Sem tempo para reagir, sou confrontado com a notícia já esperada, mas não menos dolorosa: a mãe do nosso João Correia partiu para o descanso, deixando um longo período de apagamento e muita, muita saudade naqueles que com ela privaram.

Não me peçam pensamentos profundos, ilações rebuscadas, ideias revolucionárias, conclusões catedráticas. Só me ocorre uma frase de uma música do Sérgio Godinho: "É a vida, o que é que se há-de fazer? Viver!"

7 comentários:

zmsantos disse...

É mesmo a vida. Até que ela queira...

MisteriosaLua disse...

Semana nada fácil!...
Um beijo ao Paulo.
Outro para ti.

Carol disse...

A frase "Viva cada dia como se fosse o último" faz cada vez mais sentido nos dias que correm ...

Um xi-coração para o Paulinho

JC disse...

E a vida continua, temos é que tentar leva-la com qualidade a melhor possivél.

Um abraço para o Paulinho.

A CONCORRÊNCIA disse...

Beijo grande ao Paulinho.

Leticia Gabian disse...

Rogério,
Já estive aqui algumas vezes e, em todas elas, nada consegui escrever. Talvez, deva-se ao fato de que a inevitabilidade da morte, por si só, dispense mesmo qualquer "ilação rebuscada". Por conta disto, dedico-me a por à disposição, a todos que sofrem perdas, o meu abraço... Pois bem sei a força que tem um abraço, pois bem sei o que é PERDER uma parte de nós mesmos num ente querido que se vai.

Maria disse...

Fogo....
Sem palavras, deixo-te um abraço enorme!

Maria