30 de junho de 2008

Olé!

A vitória da Espanha é inatacável. Foi a equipa mais regular, defendeu com muita segurança, atacou com muita garra, assente num meio-campo de luxo. Xavi, Fabregas e Iñiesta, escoltados pelo naturalizado Senna, mostraram jogo após jogo serem senhores de um manancial de opções, aliando a soberba técnica de passe, a uma grande visão de jogo, capacidade de finalização, cultura táctica e sentido colectivo. O futebol da Espanha foi atractivo, por vezes espectacular e prudente quando necessário. Só tenho pena que um grande jogador como Raúl tenha ficado de fora das opções de Aragonés, até porque não fiquei nada convencido com a prestação do suplente Guiza.

A Alemanha não mereceu ganhar o Euro2008, e na minha modesta opinião, nem devia ter sido finalista. Deixando de lado nacionalismos bacocos, até porque a Alemanha mereceu ganhar a Portugal, a prestação da selecção germânica foi irregular, chegando mesmo a ser sofrível como no jogo com a Turquia, em que chegou ao intervalo empatada quando merecia estar a perder por mais que um golo. Teria sido uma final bem mais interessante se a Espanha tivesse defrontado a Holanda ou a Rússia, mas o futebol é mesmo assim.

Destaque para o trabalho de três seleccionadores: o espanhol Aragonés conseguiu vencer a barreira psicológica que fazia tombar, irremediavelmente, a Espanha nos quartos-de-final. Formou uma equipa coesa, cheia de talento mas com grande sentido colectivo. O Holandês Guus Hidink voltou a mostrar que é um dos melhores treinadores do Mundo. Depois das brilhantes prestações da Coreia do Sul e da Austrália, mostrou ao mundo uma renovada Russia a jogar um futebol espectacular e eficiente. Nem o facto de ter começado o campeonato a ser goleada pela Espanha diminuíu o brilho da prestação Russa. Fathih Terim mostrou que o futebol não é só feito de frieza, calculismo e táctica. O coração, a garra, o querer e o espírito colectivo também ganham jogos e dão espectáculo, mesmo quando não se tem um plantel recheado de estrelas. Dei um pulo do sofá quando a Turquia marcou o segundo golo à Alemanha, e tive muita pena que a sua brilhante campanha não os tivesse levado à final de Viena. Caíram de pé!

Quanto a jogadores, dos jogos que vi (alguns não vi e outros só parcialmente), estes são os meus dezoito de eleição (Curioso o facto de três serem brasileiros):

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