5 de março de 2008

Aplausos da bancada

Acabo de assistir à eliminação do actual campeão europeu de futebol, o AC Milan, às mãos do Arsenal de Londres. Este ano vi quase todos os jogos desta equipa inglesa, e só perderei os que faltam se a isso for obrigado.

Esta equipa que Arsene Wenger renovou depois de sucessivamente perder símbolos como Patrick Vieira (Juventus), Thierry Henri (Barcelona), Bergkamp (retirado) ou Ashley Cole (Chelsea), funciona harmonicamente como uma orquestra, tem a geometria de um grande arquitecto, labuta como um agricultor no campo, tem a magia dos grandes ilusionistas e a agilidade de um bailarino.

Enquanto por cá só se fala do Manchester United de Cristiano Ronaldo e Nani, eu fico absolutamente deliciado com os movimentos que esta equipa inventa, os desenhos com que rasga o relvado, a beleza com que fabrica jogadas e golos.

Nesta equipa não há vedetas, não há estrelas, como não há elos fracos ou ovelhas negras. Há talento, juventude, carácter e uma atitude que leva quem assiste a gostar cada vez mais deste jogo.

A prova de tudo o que acabo de dizer é a forma como acaba de encher o estádio de San Siro com hora e meia de verdadeira lição de bola, de futebol desenhado a régua e esquadro, de classe e mestria. E quando já temia que mais uma vez o cinismo e a super-eficácia do gigante italiano prevalecesse, eis que o espanhol Fabregas, o mago da companhia, decide levantar-me do sofá com um pontapé tão colocado que transformou o canto inferior esquerdo da baliza numa gaveta.

I love this team!

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