19 de abril de 2006

Eu não os compreendo!

Algo de estranho se passa entre mim e os treinadores de futebol. Por muito que me esforce, não os consigo entender. Tento analisar, ver as coisas de outra perspectiva, ouvir os especialistas, mesmo assim não consigo encontrar uma lógica coerente nas equipas que põem a jogar, e, principalmente nas substituições que fazem.

Sobre o Sr. Koeman já nem falo, já chega de bater no ceguinho, literalmente... Sr. Scolari? Poupem-me, lá voltarei, mas mais tarde...O comentário vem a propósito da meia final da Liga dos Campeões entre o AC Milan e o Barcelona. Aos 60 minutos o Milão perde por 0-1. O seu treinador, Carlo Anceloti, tem no banco o avançado Amoroso (contratado em Janeiro ao São Paulo, campeão do Mundo de clubes) e o nosso Rui Costa, médio ofensivo e criativo (criatividade foi coisa que nunca se viu nos jogadores do Milão, à excepção de um ou outro lampejo de Kaká). E o que fez o brilhante treinador italiano? Fez três substituições. A saber, o defesa-central Maldini, o defesa direito Cafu e o trinco Ambrosini!!!

E qual foi o resultado? Foi 0-1 para o Barcelona e um banho de bola em toda a segunda parte. Interessa acrescentar que a melhor oportunidade de golo do Milão, na segunda parte, foi desperdiçada por Ambrosini (o tal médio-defensivo), que isolado frente ao Guarda-Redes nem na baliza acertou. Alguém me explica a lógica? Alguém capaz de me desvendar este mistério?

O meu mais sincero desejo é que o "banho de bola" de Ronaldinho Gaúcho e companhia continue na segunda mão, e que o génio Anceloti saia vergado por uma goleada tão larga como o rasgo dos seus olhos!

4 comentários:

zmsantos disse...

Conclusão? Parece que andaram todos na mesma escola...

A Burra Nas Couves disse...

"que isolado frente ao guarda-redes nem na baliza acertou." Isto é um flashback, ou uma cruel coincidência? É que parece ter visto aqui há umas semanas atrás o Simão Sabrosa fazer exactamente a mesma coisa contra o mesmo Barcelona.
Diga-se de passagem, há cerca de 30 e tal anos que vejo o benfica e outras equipas portuguesas fazer sempre a mesma coisa: o mais difícil! Ou seja, jogadas de contra-ataque sumamente inspiradas, e mijarem-se inexplicavelmente frente à baliza, muitas vezes desocupada pelo guarda-redes adiantado. Os treinadores têm-se sucedido ao longo dos anos, e cada um que vem, reacende-se a esperança, e a cada fracasso da equipa, as suas cabeças são reclamadas. Será mais uma cruel coincidência, ou isso também se passa com os sucessivos governos de Portugal? Pelo menos, seja feita justiça ao guarda-redes do Real Madrid, que após a demissão do presidente, deu a mão à palmatória e assumiu os sucessivos fracassos da sua equipa a ele e ao resto dos jogadores, que obviamente o deixaram a falar sozinho. Mas que lhe ficou bem, ficou!

Cravo a Canela disse...

Meu Caro, sem me querer armar em advogado de defesa do Simão ou do Benfica, parece-me que a tua comparação é falaciosa, porque são duas jogadas muito diferentes. No caso do Simão, é uma jogada construída pelo próprio e pelo Miccoli, onde, depois de correr muitos metros e pressionado por um defesa do Barça rematou rente ao poste mas, infelizmente, do lado de fora. Já no caso do italiano, recebeu um passe fantástico do Kaká, estava sozinho só com o Guarda-Redes pela frente, e rematou tão mal que a bola passou muito ao lado da baliza. Diferente, não? E quanto à comparação dos jogadores de futebol com os governos nem vou comentar. Bem sabes que sou um adepto incondicional de futebol mas tem a importância que tem. É um jogo.

A Burra Nas Couves disse...

Infelizmente também a política é um jogo, meu caro! Embora os políticos só o assumam entre eles. A importância mede-se nas consequências de ambos os jogos.
Podes desculpar o Simão como quiseres, mas antes do jogo eu dizia que ele, mais do que qualquer outro jogador, merecia marcar no Nou Camp, contra um Barcelona que desprezou o seu valor, e no fim borrou-se à boca da baliza, quando já tinha o guarda-redes papado. Não tem desculpa, nem soube merecer a oportunidade que uma divina coincidência lhe pôs nos pés.