21 de março de 2006

Dia Mundial da Poesia

Desconheço o autor, mas conheço muito bem a pessoa que me dedicou há dias esta poesia:

Quando estiveres velho e cansado
As mãos enrugadas e trémulas
e sentires os olhos a fecharem...

Lembra-te daqueles que te amaram e "por ti passaram"

Lembra-te de como crianças nos rimos e como adultos chorámos.

E, quanto mais sentires os olhos a fecharem...

Lembra-te...

Nem sempre foste fácil
Tu bem sabes...
Nem sempre te compreendi
Eu bem sei...

Nem sempre fui fácil
Eu bem sei...
Nem sempre me compreendeste
Tu bem sabes...

Agora sei quem sou
Sou pouco mas sei muito
Agora sei as coisas como são
Aprendi contigo!Aprendi com a ternura doce do teu olhar azul de todas as cores e sem nenhum horizonte.

Contigo aprendi!!!

Só agora me dou conta
Como o tempo passou
Como gosto de ti
Como o tempo acaba
Como gosto de ti
Como estou a sentir falta...
Como gosto de ti.

Voo para o futuro
Há procura do passado
De um presente que ainda agora vivi.
Como gosto de ti.

Dor, mágoa, tristeza
é o que sinto
Quando estou longe e perto de ti...

Dor do meu amor
Mágoa da tua indiferença
Tristeza...

Pureza, amizade, saudade
é o que sinto quando estou perto e longe de ti...

Pureza do teu ser
Amizade do nosso viver
Saudade...

Tão mal nos faz ver alguém
Tirar proveito de algo que deveria ser nosso
Não desacreditei, porque não me esqueci
Nem do sonho,
Nem de ti!

Deixa o teu corpo estender-se com outro corpo
Porque os corpos entendem-se as almas não.

Talvez daqui a uns anos
A saudade não seja uma ferida aberta
E mesmo as recordações mais euforicamente alegres
Serão tristes...

E mesmo as recordações mais euforicamente tristes
Serão indiferentes...

E quando finalmente fechares os olhos
E deres o teu ultimo suspiro
Ouvirás a minha voz amiga, mesmo sem estar presente,
A dizer: amei-te eternamente.

Quase tão lindo como tu...

4 comentários:

Anónimo disse...

Já li 436 vezes este poema,e jamais me vou cansar de o ler.
Sois ambos maravilhosos(o poema e quem a ti o dedicou),e tu também,claro.
Aquele abraço.

zmsantos disse...

Palavras que nos 'mordem' na alma, que nos ferem de morte.Palavras semeadas nos férteis campos da saudade,adubadas com mágoas e memórias.
Palavras de derradeiras dores... palavras, mesmo assim, tão belas...

Um abraço para quem as enviou e para quem as recebeu.

Anónimo disse...

Obrigada....
Um beijo grande.
Andreia Cristina Vilarinho Flórido Charraz

Anónimo disse...

Lindo!
Não quis comentar da primeira vez que por ele passei os olhos, esmagado que fui pela surpresa de estar a ler uma dedicatória da autora, que eu conhecia, embora a desconhecesse escritora.
Agora estou baralhado: Quem é afinal o autor/a?
Confesso-me invejoso. Nunca ninguém me dedicou algo nem parecido. Só por isso!
Beijos grandes aos dois.
Não, não me agradeçam. O que se merece não se agradece!