23 de fevereiro de 2006

Lembrou-me o meu amigo Zé Manel que faz hoje 19 anos que o mundo, e em particular Portugal, ficou mais pobre ao ver partir José Afonso. Não me apetece escrever muita coisa, quem me vê tocar percebe o que sinto por este homem que só conheci através da sua obra.
Utopia
José Afonso

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria

Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
E teu a ti o deves
lança o teu
desafio

Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?

Sexta e Sábado, Guimarães presta a justa homenagem a um pilar da nossa cultura. Quem sabe se não me verão por lá...

2 comentários:

Anónimo disse...

E pensar, que há dezoito anos quando cheguei a Portugal, as duas primeiras canções que aprendí foram: "O que faz falta" e "Vejam bem". E pensar, que ele morreu no mesmo dia em que eu nasci...(sim Charraz, de anos diferentes!)

Cravo a Canela disse...

Pois, Sandrina, aqui fica um compromisso, se me fores visitar uma destas quintas-feira, à Ribeira, (em Março tocamos dia 02 e dia 16), prometo que toco as duas.

Ah, e PARABÉNS!! Atrasados mas aínda válidos...