22 de abril de 2010

Orgulho e código

Herdámos os dois este código genético de usarmos as conversas sobre coisas banais para mostrarmos o carinho que sentimos um pelo outro. Há quem não entenda, até há quem ache ridículo. Durante algum tempo exigi mais, sem nunca o dizer, claro. Até que percebi que somos mesmo assim, falamos do Benfica, e trabalho e do tempo como quem diz: Epá, gosto mesmo de ti!

Talvez não tenhas reparado, a sala estava barulhenta, mas quando o espanhol me veio perguntar se éramos irmãos respondi-lhe: com muita honra! E ali estava eu, do lado de fora da janela, procurando disfarçar no escuro a baba que me escorria dos queixos e a lágrima que queria soltar-se do canto do olho. E ali estava eu, ouvindo o teu nome anunciado em espanholês, espreitando o sorriso na cara das pessoas e o abanar afirmativo das cabeças, a celebrar o reconhecimento pelo teu esforço, dedicação e qualidade.

Orgulho, sim. Pela tua promoção. Pelo teu sucesso. Pela forma como repetidamente e em vários idiomas ouvi dizer que eras uma boa pessoa. Pelo carinho com que as pessoas falam de ti. Mas, principalmente, pela forma como os teus filhos te adoram....

2 comentários:

Maria disse...

E tu és tão bonito...
Fogo, que quem ficou emocionada agora fui eu.

Beijo-te.

zmsantos disse...

Por certo, o mano terá as mesmas razões para pensar o mesmo de ti. Como nós as temos...

Parabéns e um grande abraço.