17 de novembro de 2009

Pontapé na Chicha - A foice em seara alheia

Terá Carlos Carvalhal sido uma boa escolha?

Sim, porque encaixa no perfil pretendido. Parece-me a mim que o clube queria um treinador novo, com ambição, que tenha a capacidade de retirar o máximo rendimento dos parcos meios à disposição. Por parcos meios, entenda-se a falta de liquidez para ir ao mercado buscar jogadores para suprir as necessidades do plantel, e aos dirigentes do Sporting não deve ter escapado o facto de há duas épocas atrás Carvalhal ter feito um excelente trabalho no V. Setúbal, clube falido, com um plantel construído por si, sem grandes recursos financeiros.

Não, porque o futebol, como tudo na vida, vive muito do momento psicológico de cada um. Se é verdade que Carvalhal tem qualidades e um passado vencedor, também é verdade que vem de dois fracassos: um clube grego e o Marítimo. E se no primeiro caso desconheço os detalhes, o Marítimo é um clube com condições, com um bom plantel, que costuma valorizar os seus treinadores. E está a ganhar jogos desde que mudou de treinador....

Sim, porque as melhores opções estão neste momento no activo, e o Sporting não tem dinheiro para pagar indemnizações. Manuel Machado, Villas Boas, Cajuda, Jorge Costa, Lito Vidigal, Manuel José, e muitos outros têm vínculos laborais que obrigam o clube a negociar, numa posição claramente de desvantagem.

Carlos Carvalhal pode não ser a escolha perfeita para motivar os adeptos e iniciar novo ciclo, mas parece-me a melhor opção possível para o panorama actual.

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