2 de novembro de 2006

O Jogo

Ainda no Sábado aqui tinha escrito que a sorte mudaria de rumo. Também já escrevi várias vezes que o resultado está longe de explicar tudo o que acontece nos noventa e pico minutos de um jogo de futebol. O Benfica ontem ganhou 3-0, e no entanto, fez a primeira parte menos conseguida da época, excepção feita ao jogo do Boavista. Em Glasgow, o Celtic marcou três golos em quatro remates. Ontem, na Luz, o Benfica marcou dois golos só com um remate à baliza.

A segunda parte foi bem melhor. E para isso muito contribuiu o mal amado Fernando Santos. Com uma substituição bem feita reequilibrou a equipa e voltou a colocar no mapa o russo Karyaka, practicamente proscrito pouco depois de ter chegado ao clube. Decisiva também a confiança com que o treinador tem reabilitado um Nelson que aos poucos volta a deliciar a plateia com os seus teleguiados cruzamentos. Dos seus pés saíram dois dos três golos de ontem. Também se lhe pode atribuir responsabilidades na boa forma de Nuno Assis (já aqui exigi a sua dispensa, mas reconheço que é neste momento peça importante do xadrez) e na contratação de Katsouranis, completíssimo jogador que de dia para dia se vai tornando elemento fundamental.

Ainda assim, faltarão ainda muitas vitórias para que o engenheiro deixe de ser olhado de sobrolho levantado. Afinal, a memória é curta, e os resultados falam por si.

1 comentário:

zmsantos disse...

Nunca percebi o que se passa com o Russo Karyaka. O que têm contra o homem. Desde a primeira vêz que o vi jogar, ainda num jogo de reino ou de apresentação, achei que tinha raça e valor. Enfim, é mais uma das tais manobras de bastidores.