6 de outubro de 2006

Amália Rodrigues

Estranhamente percorro as edições electrónicas dos jornais portugueses e não encontro nenhuma referência ao facto de fazer hoje sete anos que morreu Amália Rodrigues. Para mim é uma data difícil de esquecer pelo facto de no mesmíssimo dia que os Boémia faziam a apresentação ao vivo do seu primeiro trabalho discográfico (eufemismo para uma maquete com direito a edição pública) ter morrido um dos ícones deste país e da sua cultura musical. Aqui fica uma pequena homenagem de um admirador confesso:

Fado da Saudade
Eu canto o fado pra mim
Abre-me as portas que dão
Do coração cá pra fora
E a minha dor sem ter fim
Que está naquela prisão
Sai da prisão, vai-se embora
Ai, minha dor
Sem o amargo do teu pranto
Não cantava como canto
No meu canto amargurado
Ai, meu amor
Que és agora que eu sofro e choro?
Afinal, agora que adoro
É por ti que eu canto fado!
Eu canto o fado pra mim
Já o cantei pra nós dois
Mas isso foi no passado
Já que assim é, seja assim
Já me esqueceste depois
Já cada qual tem seu fado
O mais feliz é o teu, tenho a certeza
É o fado da pobreza
Que nos leva à felicidade
Se Deus o quis
Não te invejo essa conquista
Porque o meu é mais fadista
É o fado da saudade

2 comentários:

Anónimo disse...

tive mesmo para colocar um post semelhante no meu bog - antes de espreitar o teu.

7 anos - o tempo voa.

vou ver se arranjo tempo para dar um salto ao ribeirarte.

um abraço,

Jörg

zmsantos disse...

Junto á tua, a minha vóz.